"Quero poder andar por ai.Conhecer lugares e pessoas. Quero amar e dizer que o amor não é apenas um conto, Mais uma realidade."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Noites de chuva

Acordei hoje no meio da noite
O sono tinha ido,
E junto com ele os sonhos
Ficou um garoto desperto, perdido.
Da janela do quarto fico olhando a chuva forte cair,
Faz tempo que não o olho.
O céu pesado parece chorar
Lágrimas que descem a esmo na escuridão,
Rasgam a noite,
Gotas douradas que passam rápido pela lâmpada do poste lá fora,
Chocam-se no chão,
Explodem,
Milhões de outras gotinhas formam-se,
Se juntam, criam poças, descem reta a rua,
Em direção aos bueiros,
Dali há um longo caminho a seguir...
A noite é silenciosa
As pessoas dormem,
As casas trancadas, escuras
Dentro apenas seres,
À espera das horas passarem,
De mais um dia(que sempre chega) começar,
Inconscientes em suas camas,
Sonhando o que gostariam de ser, de ter,
Ouço apenas á chuva bater nos telhados das casas,
O vento chacoalhar as folhas das arvores,
Ela bate no meu rosto,
Está fria mais a deixo...
Ela traz consigo gotas finas, geladas
Parecem agulhas a me perfurar...
Mais as deixo...
Não quero voltar para cama,
Não quero voltar para o escuro,
Então fico esperando
Uma hora dessas a cidade desperta
A noite mais uma vez passa
E a chuva como sempre seca.

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