Magoa

Recentemente algo aconteceu e me deixou muito magoado
Aprendi que quando amamos,
Mahucamos sem querer as pessoas que estão ao nosso lado
Mais quando o amor é veradeiro, o perdão e as desculpas bastam para aliviar a dor
E fazemos tudo para que o erro não se repita
Confesso que fiquei por dias mal, triste mesmo com aquela situação
Minha honra, meus ideias, tudo aquilo que mais prezava
Estavam ali sendo confrotados, sem ao menos eu ter uma chance de me defender
E justamente por alguem que jamais imaginaria que pudesse fazer aquilo
Tentei entender o porque,
Por que não tinha chegado a mim para perguntar
Por que tinha me escondido
Por que suas teorias foram mais rapidas que suas açoes
Me coloquei varias vezes no seu lugar
Sera que eu faria o mesmo?
Sera que usaria as mesmas palavras?
Sera que meus pensamentos chegaria a ser igual?
Mais ou por eu ser a vitima, e estar passando por aquilo
Ou realmente por ter outras opinoes
Só me vinha a mesma resposta sempre. Forte, fixa. Não, não faria a mesma coisa
Hoje tudo foi resolvido,
Em lagrimas de decpção, com o coração partido, quase sangrando
Consegui dizer em soluços que jamais tinha feito aquilo,
Que pisar num chão sujo daquele era algo que não vale a pena, nunca
Quero só lhe pedir um tempo,
Não quero sua distancia, agora é que preciso mais ainda de sua pesença
E nem quero que voce ache que estou com raiva, ou algo parecido
Sou estou magoado, mais vai passar
Por que acredito na nossa amizade
Acredito no seu Amor
E sei o quanto ela é mais forte
Que essa tola MAGOA....

É TÃO BOM...

Por que te-lo ao meu lado é tão bom?
Por que ouvir sua voz, sentir seu perfume,
Ou simplesmente ouvir sua respiração é tão importante assim para mim
Quase obrigatorio,
Por que voce não sai dos meus pensamentos
Não some dos meus sonhos
Por que meu Deus, seus olhos brilham tanto
Ou seu sorriso é tão magico assim
E essa sua voz doce, que me enfeitiça
Que me faz calar, para deixa-lo somente falar
Por que seus passos me encantam,
Seus pelos me excitam
Por que eu corro disso, e isso teima a vir a mim
Por que choro, e lagrimas insitem a encharcar meu tavesseiro a noite
Como gosto de seus cabelos desarrumados
Do seu jeito ingenuo de me olhar,
Me pego as vezes te olhando bobo sem voce perceber
È tão bom isso que estou sentindo
O arrepio na pele, o coração descompassado, o frio na barriga
Que fico com medo de voce descobrir
Mais voce não precisa saber
E a cada dia que passa descubro que algo novo nasce somente por que voce existe

Ademerson Novais de Andrade

Milagroso...

O vento chacoalha uma arvore
Seu assovio rompe o silencio
Os galhos fino açoitam o nada
Soltam milhares de folhas que rodopiam no ar num pequeno redemoinho
Voam agitadas, livres dançando ao vento num baile violento
Um imenso risco brilhante então corta o céu,
Dura menos que segundos,
Mais é tão belo, tão fascinante
Milagroso
De repente uma explosão
A chuva forte, arrebatadora então vem
Despenca do céu cor de chumbo num estrondo
O livro aberto sobre minhas pernas
E que folheava as paginas sem ler uma única palavra
Recebe as primeiras gotas daquela tempestade
Os pés descalços tocam um chão frio
Sinto os dedos formigarem, chegam a doer, mais não ligo
Neste momento só ouço as gotas
Que tamborilam nos telhados vermelho das casas ao lado
O Barulho enche meus ouvidos,
Penetram na minha carne
Perfura minha alma,
As gotas vão ensopando minha camiseta
Sinto-as molharem minha pele
Escorrem frias como rio, sem pedir pelo meu corpo
O cheiro de agua misturado com terra e varias outras coisas sobe
É um cheiro excitante, inebriante
Faz meu corpo arrepiar-se
Fecho os olhos
Deixo as gotas que aos poucos vão se tornando forte me arrebatar,
Lutam contra meu corpo já entregue
Sou seu dono, ou é ela é o meu dono
Não sei,
Só sei que naquele momento somos só uma coisa
Chuva, corpo e alma

PRA VOCÊ...

Pra você ai do outro lado da linha que sorve cada palavra minha
Que pensa que nada tem a ver com isso
E nem imagina o quanto tudo tem
Pra você de sorriso magico
Que num único movimento é capaz desmoronar meu mundo
Pra você sonhador, que acha que o tempo não passa
Que as pessoas são todas iguais e que o céu é um só
Pra você apanhador de estrelas, de noites sem sono e dias de castigo
Pra você de vidros molhados e madrugadas chuvosas
Pra você de tantas aventuras, e outras nem tantas
Pra você de cabelos escorridos, olhos misteriosos e andar só seu
Pra você que sabe me deixar nervoso no silencio
Que me tira o folego no olhar
E me faz acreditar que algo inexplicável realmente existe
Pra você de palavras sussurradas
E gestos suaves que diz tudo
Pra você que povoa meus pensamentos
Invade meus sonhos, corrompe minha realidade
Pra você lá das terras do além
Onde vivem os unicórnios, os duendes e fadas
Pra você que me consome por fora e me devora por dentro
Que me incendeia sem perceber
Pra você que só me olha, e olha...e olha...

Intimamente

Nestes dias em que as gotas caem demoradas do céu
E um úmido cheiro de asfalto impregna o ar
Sinto uma vontade imensa de ir ao encontro delas
Abraça-las como fazia antes
Me recordo das vezes que uma tempestade me surpreendia
E ao lado dos meus amigos nos jogávamos no meio da rua deserta
Rodopiando sobre poças que acabavam de nascer
Deixando as gotas minúsculas ensopar nossos corpos
Purificar nossas almas
Lembro dos nossos sorrisos sendo mais alto que os próprios trovoes incandescentes
Braços, pernas e cabeças entrelaçados num só
Lábios que se tocavam, misturados ao sabor salgado da chuva fria que caia
Sentados no meio fio da calçada cantávamos, gritávamos
Os rostos voltados para cima, olhando para um infinito céu cinza
Recebendo milhões de gotas
Lágrimas de Deus, dizíamos
Ele chora de alegria, eu sussurrava
Felizes também estávamos
E apaixonados, loucos, livres
E eu desejando intimamente
Que esse momento durasse muito

volto....

Volto de braços abertos
De sorriso nos lábios e alma cheia
Transbordando
Ansioso de vontade
Querendo voar de asas enrijecidas
De vôo Livre e alto
Volto depois de um tempo meu
De gargalhadas altas e lágrimas quentes
Volto com as palavras escorrendo,
Os dedos descansados
E um olhar experiente, vivo
Volto sorrindo, amando, contando
Sabendo que meu lugar me esperava
Que meus passos seguiam
E que sempre voltamos
Sempre,
Volto depois de me encontrar
De me perder, de me vencer
E lutar, lutar tantas e tantas vezes
Volto depois de sangrar,
De me matar
E morrer uma, duas e outras milhões de vezes
volto depois de Renascer
Volto depois de noites de sonhos
E madrugadas de pesadelos
De dias de chuvas e sol quente
De palavras não ditas, e olhares desviados
Dos livros lidos, músicas baixadas
Volto dos abraços fortes, dos beijos úmidos e corpos suados
Volto das ruas escuras, das sombras nas calçadas
E dos gritos soltos
Volto de pés descalços, de cabelo cortado e fones no ouvido
Volto por que aqui é meu lugar
Corre na minha veia
Esta tatuado na minha epiderme
Inerente da minha alma
Volto uma e mais e mais vezes

Disse certa vez alguem:
"-Voltar não quer dizer que voce é um covarde, mais
ao contrario, que esta sendo o mais sabio dos homens"

Por que Não!!!!

Olho o espelho e vejo a imagem de um rosto assustado
Receioso de dar o proximo passo
Fico olhando para aquela figura refletida
Imaginando que pode ser qualquer um enquadrado
Torcendo para que não me reconheça
Não agora do jeito que estou
Indefeso, fragil
Vulneravel,
Camuflado em um corpo nú e molhado
A imagem me observa, me avalia
Não sou este rosto retorcido que vejo
Nem tenho este olhos tão negros e profundos que me olham
Não sou este ser imóvel, pedrificado num pedaço de espelho
barba por fazer, cabelos revoltos, algo morto no canto da boca
Quem é este então que me olha e segura nos lábios um sopro
Sera uma palavra que quer dizer
Sera algo que quer me revelar
Ou apenas fingi que sabe
Sabe quem sou?
E não me culpa!
Pois sabe que vou....