"Quero poder andar por ai.Conhecer lugares e pessoas. Quero amar e dizer que o amor não é apenas um conto, Mais uma realidade."

sábado, 21 de fevereiro de 2009

PROCURANDO

Vasculho tudo pela frente ,
È meu dever procurar o que perdi por aí,
Não quero o jogado, solto, perdido,
Então abro gavetas, rastejo em baixo das camas, tiro as caixas empoeiradas de cima do guarda-roupa,
Reviro os armários da casa, as gavetas dos outros moveis, mexo nas coisas dos meus irmãos,
Entro no quarto dos meus pais,
Não deixo passar nenhum cómodo,
Nenhum lugar fica livre da minha procura,
Do meu olhar clinico, meticuloso,
Das minhas mãos,
Minuciosamente observo cada vão vazio, cada brecha, enfio a mão em todo buraco que encontro,
Então me vem a mente o pensamento que procurava afastar a qualquer custo,
"E se acaso eu o tiver perdido lá fora",
Talvez em cima do banco enquanto esperava o ónibus, ou dentro do próprio ónibus,
Talvez tenha caído e não percebi,
Ou deixei na igreja, passei lá para rezar um pouco,
"Há tempos que não fazia isso, que não entrava numa igreja",
Talvez tenha esquecido mesmo lá,
Mais e se alguém o pegou?
Sim sei que ninguém cometeria um pecado desses, roubar algo logo dentro de uma igreja,
Mais somos Seres Humanos,
As vezes fazemos e devemos fazer coisas não na intenção de prejudicar o próximo,
Mais simplesmente por que nossa voz intima ordenou,
E é nosso dever aprender escuta-la,
È assim a vida a todo instante,
Nos instigando a seguir em frente,
A rodar sua roda invisível,
E apenas por este motivo devo também pensar que pode não esta mais lá,
Que o lugar que ocupava em cima do banco esteja agora vazio,
Que o levaram de mim,
Então me preocupo,
Talvez volte imediatamente a igreja, e tire logo essa aflição, essa dúvida que me atormenta,
Mais tenho medo de não o encontrar,
Me irrito, por que não é a primeira vez que isso acontece,
Já o perdi outras vezes,
Em algumas dessas vezes foram meus próprios amigos que o encontraram e me devolveram,
Nas outras foi pessoas desconhecidas que nunca vi na vida,
Mais viram quando caíram de mim,
E por uma lei do destino, ou por que não sabiam o que fazer com aquilo resolveram me devolver,
Mais aconteceu de novo e mais uma vez o perdi por ai,
Esta largado, sumido,
Sinto que devo estar preocupado,
Mais sei que lá no fundo não estou,
Ao contario ate me sinto bem,
Parte dessa perda eu quis, eu desejei,
Não sei o motivo, não sei por que fiz,
Mais sei que devia o perder,
E que agora o devo procurar,
Isso acontecera mais vezes,
Pois tenho que aprender a perdê-lo,
Tenho que saber que ele nunca sera para sempre meu,
E sei também que ele volta, sempre volta...

Nenhum comentário: